terça-feira, 30 de novembro de 2010

Namoro em Tempos de HIV - Contar ou não Contar?

Não considero este texto como continuação do anterior que falo sobre “O HIV e Namoro” tipo Homem Aranha1, 2 e 3. Darei aqui algumas dicas que colhi de amigos queridos conquistados este ano. Se você realmente ama alguém, essa pessoa estando ou não com vírus, o amor não se anula. Quem verdadeiramente ama estará sempre próxima do ser amado independente do que seja.Se assim não for melhor manter distancia, pule fora, vaze, pois não é amor
1º Se você for soro-positivo e tiver um parceiro de sorologia diferente não tem obrigação de dizer a ele que tem o vírus, mas tem a obrigação de sempre prevenir o contágio usando preservativo, e isso também é obrigação para ele(a).
Essa de praticar sexo sem camizinha é coisa que não está com nada, afinal não é só HIV que se pode pegar sem o uso dela. Outra que camisinha é para usar em todas as relações sexuais, no sexo casual ou não. Além do que evita aquela “checada” desagradável.
2º Se você estiver algum tempo com esse parceiro e sentir uma obrigação moral de falar sobre isso, tem toda liberdade, penso que isso seja bom, mas antes dê uma sondada no cara, veja se ele tem estrutura para saber. Se ele tem conhecimentos sobre o HIV reais e não fantasiosos.
3ª No caso dele não ter maturidade: converse com ele sobre o assunto, dê uma sondagem do que ele conhece, dê informações para ele, com folders, informação da internet, mostre esse blog para ele tipo sem querer. Crie mecanismo de informações sem ele saber.
4ª Procure histórias de pessoas que convivem com soropositivos, de sejam soros-discordantes (onde um dos parceiro(a)s tem e outro não) e deixe a vista dele(a).
5º Se ele responder bem as informações, ou já as tiver, procure um lugar calmo, em um dia sem correrias e fale sobre sua sorologia, isso se quiser dizer (se eu tivesse faria isso)
6ª Nunca diga isso no primeiro mês da relação (do namoro), como já disse antes, você não tem a obrigação de falar sobre isso, mas da prevenção sim.
7ª Pelo amor do Santo Deus! Nunca caia no papo de “querido vamos fazer amor sem camizinha que é melhor, dá mais prazer”, há camizinha no mercado que te dá a mesma sensação é só ir à farmácia.
8º Se isso não funcionar, pule fora, em uma relação levamos conosco uma história pessoal, se alguém não respeita essa história é porque não te ama.
9º Se você for solteiro e estiver preocupado em arrumar um parceiro e tiver medo do momento de contar não se deixe levar pelo medo, sempre use preservativo e deixe a vida seguir seu caminho, no momento oportuno siga as dicas,
10º Se você não tem HIV, está namorando uma pessoa soropositivo, Parabéns! Acredito no teu amor, pois muitos por pura ignorância deixariam de viver este momento de felicidade a dois.
Se alguém tiver me achando sacana com essas dicas devo dizer que sacana é quem não usa camisinha nos dias de hoje, não só por causa do HIV, mas porque há outras DST por aí, inclusive o vírus da hepatite tipo C que hoje leva muito mais gente a óbito que o vírus da AIDS.
O namoro de um casal onde os dois convivem com HIV, outro onde um tem e outro não, ou ainda se as duas pessoas não têm não podem e nem ser diferente, camisinha sempre! É obvio quem um HIV deve ir sempre ao médico, dormir, alimenta-se bem, praticar esporte...
Breve estará disponível neste blog o endereço do link, ou banner de uma médica que trata desse assunto em seu blog, como médica, pode ajudar muito mais que eu. Um grande abraço, força, se cuide, continue com seu acompanhamento médico, sempre usem camisinha, ótimo namoro e saiba que isso não é castigo de Deus, pois ele te ama! E acredite no amor, pois ele existe e seus sonhos não acabarão continue lutando pelo que você acredita!!


Copiado de um outro blog com permição do dono.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Jovens infectados pelo HIV contam como lidam com a Aids e com o preconceito (Diogo Bercito)

A infecção por HIV entre jovens de 13 a 19 anos está se espalhando pelo Brasil.
De 1991 a 2009, aumentou em 53% o número de municípios com casos da doença nessa faixa etária.
São dados de uma pesquisa que será divulgada na quarta-feira, Dia Mundial de Luta Contra a Aids, pelo Ministério da Saúde. O número foi obtido com exclusividade pelo Folhateen.
O governo vai lançar também nessa data uma campanha de conscientização voltada à discriminação sofrida por jovens com o vírus.
A iniciativa busca evitar situações como a vivida pela paulista Natasha Braz, 17, que nasceu com a doença.
"Um grupo de meninas da escola começou a gritar para ninguém ficar perto de mim, para não pegar Aids", diz.
O vírus, porém, não é transmitido por proximidade física, e, sim, por sexo desprotegido ou por transfusão de sangue contaminado.
O paranaense Fabrício Stocker, 20, foi infectado pelo vírus no ano passado, ao transar sem camisinha.
"Eu achava que não aconteceria comigo", diz. "A gente assume os riscos, pensa que é o Superman."
O baiano Oséias Cerqueira, 22, também contraiu o vírus aos 19 anos, por sexo.
Na época, ele decidiu não contar a todos sobre a doença. "As pessoas não estão preparadas para saber, culpam você por ter HIV", diz.
O HIV é frequentemente associado a homossexuais com muitos parceiros, apesar de os dados oficiais mostrarem que há mais infecções entre jovens heterossexuais.
"Não precisa contar para transar, desde que você use camisinha", afirma Oséias. "É uma coisa do foro íntimo."
Amanda Cristina, 18, age diferente com os namorados. "Deixo claro desde o começo." A garota, que adquiriu o vírus da mãe, conta que usa camisinha inclusive para sexo oral (leia mais aqui).
Ao esconder a doença, Oséias não podia explicar aos colegas da faculdade o real motivo dos vômitos durante as aulas, causados pelo tratamento para controlar o vírus e manter alta a resistência de seu organismo.
A combinação de remédios necessária é apelidada de "coquetel" e pode causar também diarreias e dores de cabeça. Essas reações podem desmotivar jovens a se tratar.
"É muito difícil tomar os medicamentos, e você pode ter de usá-los pelo resto da vida", diz Kleber Mendes, 27, soropositivo e idealizador da Rede Nacional de Jovens Portadores de HIV. "Isso nos torna mais responsáveis do que a maior parte dos jovens."
"Precisa de vontade para continuar o tratamento", diz José Rayan, 18, de Manaus. "Sofri muito, mas meu organismo se adaptou."
Usar as medicações foi uma questão de sobrevivência para Hugo Soares, 23, de Belém. Após passar anos com a saúde debilitada, ele fez exame de sangue aos 21 anos. Descobriu ter Aids.
"Meus pais me diziam que era besteira fazer o teste", afirma o rapaz, que acredita ter sido infectado por volta dos 16 anos. "Resolvi fazer por contra própria", diz.
Hoje, após aderir ao tratamento, Hugo está com a saúde estável. Mas o vírus ainda o afeta de outras maneiras.
"Eu estava concorrendo a uma vaga de emprego e apareci em um jornal local como portador de HIV", diz. "De repente, não havia mais vaga."
"ACHEI QUE NUNCA ACONTECERIA COMIGO"
Charles Guerra/Folhapress"Aos nove anos de idade, uma médica me disse que eu tinha um bichinho na ponta do dedo e que ele ia me secar se eu não me alimentasse direito. Era HIV", Amanda Cristina, 18
Kiko Sierich/Folhapress"Meus pais tinham medo de que os vizinhos soubessem. Mas vi que, quanto mais eu me escondesse, mais preconceito haveria", Fabrício Stocker, 20
Alberto Cesar Araujo/Folhapress "Para quem está no início do tratamento, é muito ruim. Sofri muito, mas meu organismo se adaptou. Hoje, não sinto nada", José Rayan, 18
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